terça-feira, 7 de junho de 2011

São protozoários que se movimentam por meio de flagelos, são de vida livre, alguns são parasitas e outros simbiontes, como os representantes do gênero Trichonympha que vivem nos tratos digestórios dos cupins (térmitas), onde promovem a digestão da madeira ingerida por seus hospedeiros.

Flagelados parasitas do homem

  • Giardia lamblia ou Giardia intestinalis — possui 8 flagelos, 2 núcleos e uma ventosa. A giárdia é um parasita do intestino delgado, provocando a giardíase, infecção que se caracteriza por diarréia com fezes amarelas, malcheirosas e espumosas (cheias de bolhas). A diarréia pode ser crônica. Ocorrem cólicas intestinais e barriga inchada devido à formação de gases.
    A transmissão é por ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos do parasita.
    A profilaxia é realizada com saneamento básico, higiene pessoal e alimentar e tratamento das pessoas infectadas.
  • Trichomonas vaginalis
Parasita hexaflagelado responsável pela tricomoníase, doença que se caracteriza no homem por uretrite com secreção purulenta e dor durante a micção e na mulher por vaginite, leucorréia (corrimento vaginal) e intenso prurido.
A transmissão é feita por contato sexual e pelo contágio direto pela água, toalhas, roupas etc.
Profilaxia: tratamento precoce das pessoas infectadas, uso de proteção durante o ato sexual (preservativos), higiene pessoal e esterilização de toalhas e roupas.

  • Trypanosoma cruzi — possui um único flagelo que acompanha o bordo livre da membrana ondulante.
O flagelado é responsável pelo Mal de Chagas, que se instala no tecido conjuntivo e nas fibras musculares, especialmente no coração. Há a fase crônica na qual o parasita provoca lesão do miocárdio com dilatação do coração, alteração do ritmo cardíaco e hipotensão. Ocorrem também complicações do trato digestório e meningoencefalite. O indivíduo parasitado morre lenta ou subitamente.
A transmissão do Trypanosoma cruzi é realizada por insetos hemípteros (percevejos) pertencentes aos gêneros Triatoma, Panstrongylus e Rhodnius, conhecidos populannente por “barbeiros” ou “chupança”. Esses insetos vivem em habitações primitivas, feitas de barro e cobertas por sapé, chamadas de casas de “pau-a-pique”, onde as paredes deixam frestas que servem de esconderijos para esses animais. Podem ser encontrados em casas de madeira, galinheiros, chiqueiros e estábulos. São de hábito noturno. Durante a noite machos e fêmeas saem à procura de sangue, picando as pessoas de preferência no rosto, daí a designação de “barbeiro”. 
A picada é indolor e a sucção dura entre 10 e 15 minutos; então os insetos, repletos de sangue, defecam e nas fezes estão os flagelados que provocam o Mal de Chagas. A entrada do tripanosoma ocorre pela região da picada durante o ato de coçar. A penetração também pode ocorrer pela conjuntiva, amanhecendo o indivíduo com o olho inchado, sintoma conhecido como sinal de Romaña.
Carlos Chagas, procurando saber qual seria o reservatório natural do tripanosoma, encontrou-o no sangue do tatu, em cujas tocas achou os “barbeiros” infectados. Além do tatu, descobriu os tripanosomas nos gambás, macacos, cães e gatos. A transmissão também pode ocorrer durante transfusões sangüíneas.
Profilaxia: combate ao inseto, melhoria das habitações, uso de mosquiteiros nos locais contaminados e higiene doméstica.
  • Trypanosoma brusei garnbiensis — responsável pela tripanosomose africana ou doença-do-sono. A transmissão é realizada pela mosca hematófaga tsé-tsé — Glossina palpalis.
  • Leishmania brasiliensis — este protozoário parasita dois hospedeiros: homem e mosquito.
No homem apresenta a forma leishmânia e no mosquisto a forma flagelada chamada leptomona. É responsável pela leishmaniose cutânea-mucosa, que provoca lesões ulcerosas na pele, conhecida em São Paulo por úlcera-de-Bauru. A transmissão é feita por mosquitos do gênero Phlebotomus (mosquito-palha, corcundinha ou Birigüi) e do gênero Lntzomya.
  • Leishnania tropica — responsável pela leishmaniose cutânea (botão do oriente), doença que provoca lesões no tecido cutâneo. É transmitida pela picada dos mosquitos do gênero Phlebotomus.

  • Leishmania donovani — provoca a leishmaniose visceral, levando a infecções no baço e fígado; também transmitida pelo Phlebotomus.
      •  http://www.coladaweb.com/biologia/ecologia/flagelado




        Postados por: Gisele e Isadora - 16 e 20

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