quarta-feira, 29 de junho de 2011

Após a vitória do Oscar de melhor documentário por Bowling for Columbine (Tiros em Columbine), de Michael Moore, os documentários, que até há algum tempo eram aqueles filmes sem-graça que davam sono, passaram a ser filmes comercialmente viáveis, com produção caprichada e roteiro idem, que atraem pessoas ao cinema (coisa inimaginável tempos atrás), e estão ficando cada vez melhores.É o caso deste documentário, Super Size Me (subtítulo em português - a Dieta do Palhaço). O produtor/diretor/cobaia (conforme ele se anuncia em seu site) Morgan Spurlock resolveu realizar o filme após ver uma notícia sobre duas adolescentes obesas que estavam processando a rede de fast-food McDonald´s. Roteirista de sucesso, ele trabalhou em vídeo-clipes, comerciais e shows de TV. Este foi seu primeiro filme de longa-metragem. O filme começa mostrando fatos e dados sobre o crescente aumento da obesidade na América. 37% das crianças e adolescentes americanos são obesos, e 2 em cada 3 adultos estão acima do peso ou obesos.A Organização Mundial da Saúde declarou a obesidade como uma epidemia global. Se nada for feito, a obesidade irá superar o fumo como a maior causa evitável de morte da América. De quem é a culpa: da pessoas que não conseguem se controlar, ou das corporações de fast-food? Ele então anuncia sua decisão de passar um mês se alimentando exclusivamente de produtos vendidos em lojas doMcDonald´s. Ele determinou para si mesmo algumas regras:1: Sem opções: ele só poderia consumir o que viesse das lojas (incluindo a água);2: Só consumir as porções super size quando fossem oferecidas (e ele não as poderia recusar);3: Sem desculpas: ele deveria comer cada item do cardápio ao menos uma vez.Antes de começar a maratona, ele visitou três médicos (um cardiologista, um gastro enterologista e um clínico geral) e uma nutricionista,que o monitorariam periodicamente durante o mês da experiência, e fez um check-up completo. Seu peso era normal, sua saúde boa, e todos os profissionais concordaram que a idéia era uma estupidez completa. O estilo de vida americano, incluindo a dificuldade de se fazer as refeições em casa, fazem que 40% das refeições dos americanos sejam feitas fora de casa (1 em cada 4 americanos visitam um restaurante fast-food por dia. O McDonald's representa 43% deste mercado). Vemos lojas McDonald´s até em um hospital (segundo Morgan, fica mais fácil conseguir auxílio médico quando sua saúde se estragar por causa da comida). O documentário mostra como a comida fast-food pode viciar, como uma droga (O McDonald´s chama as pessoas que consomem muito de seus alimentos de Usuários Pesados); mostra os muitos problemas sérios de saúde que podem ser causados pela obesidade (hipertensão, doença coronariana, diabetes adulto, derrame, doença na bexiga, osteoartrite, apnéia do sono, problemas respiratórios, câncer no endométrio, de mama, de próstata e de cólon, dislipidemia, esteatohepatite, resistência à insulina, falta de ar, asma, hiperuricemia, irregularidades hormonais, síndrome do ovário policístico, infertiliade e dor nas costas. Acham pouco?), e como algumas pessoas recorrem a cirurgias de estômago na tentativa de controlar uma obesidade mórbida. Um mês depois, Morgan estava 11 quilos mais gordo, estava com disfunção hepática,com sintomas de depressão, seu nível de ácido úrico subiu às alturas e seu condicionamento físico e sua libido despencaram (ele combinou que não andaria mais que o americano médio consumidor de Big Macs anda por dia, o que reduziu sua atividade fisica quase a zero).Ele levou um mês desintoxicando o organismo (com a ajuda da namorada, uma chef vegetariana, que criou uma dieta desintoxicante para ele), e mais 9 meses para retornar ao peso anterior (84 kg). Nas notas finais, ele explica que, após o filme ser exibido em Sundance (onde ganhou o prêmio de melhor Diretor), o McDonald´s retirou a porção super size dos cardápios. E as garotas que processaram o McDonald´s... bem, elas perderam o processo, pois não ficou provado que os problemas de saúde foram causados pelos Big Macs ingeridos.Ao final do documentário, ficamos com vontade de comer um grande prato... de salada. Sério, as refeições desintoxicantes preparadas pela namorada de Morgan parecem muito mais atraentes que os inúmeros big macs, milk-shakes, mac chickens, quarteirões e fritas que vimos na última hora e meia. E são mesmo.

Filme
Parte 1 -http://www.youtube.com/watch?v=qyV3EC4LHn0
Parte 2 -http://www.youtube.com/watch?v=sNrYMxjYc6Q&feature=related
Parte 3 -http://www.youtube.com/watch?v=k6CJ3khLY1Y&feature=related
Parte 4 -http://www.youtube.com/watch?v=bVMGuGRCDEw&feature=related
Parte 5 -http://www.youtube.com/watch?v=7wQeRY9hBNk&feature=related
Parte 6 -http://www.youtube.com/watch?v=bG-Uu85IW-c&feature=related
Parte 7 -http://www.youtube.com/watch?v=yTfv7hwK4rc&feature=related

alimentos que conten gorduras trans

Margarina
Resultado direto da hidrogenação de óleos vegetais, a margarina é o alimento com mais concentração de gordura trans. O cardiologista Marcelo Bertolami informou que algumas indústrias desenvolveram processos seguros de hidrogenação. Segundo ele, o consumidor pode identificá-las pelo Selo de Aprovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Pães e massas
Alimentos que usam margarina ou gordura vegetal hidrogenada no preparo também contêm gordura trans. Massas folhadas, pães, biscoitos e bolos estão na lista.
Leite e derivados
As gorduras trans ainda são encontradas em carnes e derivados do leite. O produto está presente em sorvetes muito cremosos e queijos amarelos.
Salgadinhos, frituras e alimentos prontos
Outra dica é evitar comer produtos industrializados em excesso. Desconfie dos alimentos muito crocantes e com sabor acentuado. As gorduras trans estão na maioria dos salgadinhos de pacote, na batata-frita, na pipoca de microondas, na bolacha recheada e até em barras de cereais.

gorduras trans

O que é

Gordura trans é o nome popular de um tipo de gordura não saturada. Ela pode se apresentar tanto na forma monosaturada como na forma polinsaturada.

Informações sobre a gordura trans

Uma classe específica deste tipo de gordura está presente, em pequena quantidade, nas carnes e em diversos outros produtos de origem animal, consumidos freqüentemente por grande parte das pessoas.

Quimicamente as moléculas da gordura trans se apresentam de forma semelhante as das gorduras não trans; contudo, ambas possuem características diferentes.

Nas moléculas de gordura trans, os átomos de hidrogênio são pareados e se ligam duplamente aos átomos de carbono, característica também comum as gorduras não saturadas, contudo, o ponto de fusão da trans é bem mais alto.

Ao contrário de outros tipos de gordura, a trans, além de não ser necessária ao nosso organismo, é extremamente prejudicial à saúde. Sabe-se que seu consumo aumenta muito o risco de doenças do coração.

As gorduras trans que não são de origem animal, são consideradas bem mais prejudiciais à saúde do que aquelas que já se apresentam naturalmente nos alimentos, como por exemplo, as que estão presentes em alimentos como a carne.

Diante dos malefícios que ela traz a saúde, órgãos de controle da saúde em todo o mundo recomendam a redução de seu consumo. Este tipo de gordura está, na maioria das vezes, relacionada à obesidade.

Muitos países adotaram um controle rígido de seu consumo, como por exemplo, a obrigatoriedade de se revelar sua quantidade ou presença no rótulo das embalagens. Diante disso, empresas alimentícias já estão removendo voluntariamente a gordura trans de seus produtos.

Curiosidade: os alimentos que mais possuem gordura trans são: biscoitos recheados industrializados, salgadinhos de pacote, pipoca de micro-ondas, molhos de salada, maioneses, hamburgueres, margarinas, sorvetes, chocolates, etc.

Dica: antes de comprar um produto industrializado, olhe no rótulo da embalagem a tabela com informações. Dê preferência para os alimentos sem gordura trans. Muitas empresas já estão fabricando produtos, como os acima citados, sem este tipo de gordura.
Um documentário bastante original e, mesmo que não apresente respostas definitivas ao problema da obesidade, é muito interessante.

Nunca os documentários estiveram tão em voga, tanto no Brasil quanto no resto do mundo. Várias produções estão ganhando cada vez mais projeção. Mérito de Michael Moore, que com sua forma de fazer cinema conseguiu atingir um público que até então rejeitava este tipo de filme. Morgan Spurlock (que até então era um desconhecido; só tinha trabalhado na televisão e sido assistente de produção no ótimo “O Profissional”) teve uma idéia ousada que resolveu colocar em prática: quais seriam as conseqüências ao se fazer, por trinta dias, uma dieta composta somente por produtos vendidos na rede de lanchonetes McDonald’s?

Spurlock resolveu ele próprio ser a cobaia desta experiência bizarra e perigosa, que se tornaria seu documentário de sucesso e de grande repercussão – ganhou o prêmio de documentário no Festival de Sundance, além de ter feito uma boa carreira comercial nos Estados Unidos e no resto do mundo (custou cerca de 300 mil dólares e arrecadou, somente em solo norte-americano, algo em torno de 12 milhões).

O ponto de partida criativo de Spurlock foi o processo que duas adolescentes americanas abriram contra a McDonald’s. A alegação das duas garotas é que elas estavam obesas por causa dos lanches vendidos nesta cadeia (durante o filme sabemos o resultado deste processo). É uma acusação altamente discutível, pois não há indícios que lanches fast-food sejam viciantes, mas Spurlock resolveu seguir em seu “experimento”, mesmo com a desaprovação de sua namorada, uma cozinheira de comida vegetariana! Spurlock come o Big Mac que o diabo amassou ao ter seu fígado quase destruído ao final dos trinta dias (algo que nem os médicos que o acompanharam durante esta empreitada esperavam), além dos problemas mais óbvios que surgiram, como o enorme aumento de peso e também a elevação de sua taxa de colesterol.

Sua linha narrativa principal acompanha o quão tortuoso foi para ele seguir a tal dieta: Spurlock fica constantemente debilitado (muitas vezes ele chega a vomitar em cena – algo que não é uma das coisas mais agradáveis de se ver em um filme). Mas outras linhas são apresentadas, como aquela em que Spurlock mostra como escolas americanas apresentam em seus cardápios estes tipos de comida; ou quando mostra que Ronald McDonald (o palhaço símbolo do restaurante) pode ser mais conhecido que Jesus Cristo, no episódio mais inspirado do filme.

Spurlock sempre deixa claro que não está ali, submetido a todo esse processo, para provar alguma coisa ou querer modificar os hábitos alimentares de alguém. Ele parece, a todo o momento, estar apenas brincando, e de uma forma ou de outra, apresentando os malefícios que este tipo de comida pode trazer. Não chega a ser um trabalho excepcional, mas Morgan é simpático e faz seu trabalho direitinho. E, ao final, ele já conseguiu uma façanha: o McDonald´s retirou de suas lojas os produtos “super size” (os de maior tamanho).

Mc Donald1s e as gorduras trans

A rede de fast food McDonald's anunciou a redução do teor de gorduras trans das batatas fritas, empanados de frango e de peixe, e das tortinhas de banana e maçã servidas pela rede. De acordo com a loja, o percentual de gordura em batatas fritas chega a 0,01%.
Para reduzir o percentual da gordura, que provoca aumento de colesterol e risco de doenças cardiovasculares, a empresa promoveu testes e passou, desde dezembro, a utilizar uma mistura de óleo de algodão, soja e palma.

Com o novo óleo, o índice de gordura trans na promoção com Big Mac, batata frita média e uma bebida passa a ser de 0,6 gramas, uma redução de 87%.

O centro de qualidade da empresa garante, ainda, que a mudança no óleo não prejudica o sabor dos produtos.
O cadeia de fast food Mc Donald´s retirou de seus produtos a nociva gordura trans. A mesma não é sintetizada no organismo humano, que também não a utiliza adequadamente. É sabido que as gorduras trans aumentam os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, contribuindo para a formação de placas e aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Porém, mesmo sem gordura trans os alimentos das lanchonetes não podem ser ingeridos indiscriminadamente uma vez que são hiper calóricos, aumentando o risco de obesidade. Veja as calorias de alguns produtos:

Alimento
Calorias

Sanduíche Big Mac

504

Sanduíche Big Tasty

843

Sanduíche Cheddar McMelt

507

Sanduíche Crispy Chichen

524

Sanduíche McNífico

587

Mc Fritas grande

606

Mc Fritas média

288

Mc Nuggets 12 unidades

471

Casquinha de baunilha

196

Sorvete McColosso

331

Milk Shake chocolate 500ml

413

Sundae de chocolate

302

Top Sundae de chocolate

430

Torta de banana

228

Gabriela Petry 11, Jéssica Lenhardt 25.
Curiosidade: os alimentos que mais possuem gordura trans são: biscoitos recheados industrializados, salgadinhos de pacote, pipoca de micro-ondas, molhos de salada, maioneses, hamburgueres, margarinas, sorvetes, chocolates, etc.

Dica: antes de comprar um produto industrializado, olhe no rótulo da embalagem a tabela com informações. Dê preferência para os alimentos sem gordura trans. Muitas empresas já estão fabricando produtos, como os acima citados, sem este tipo de gordura.

gorduras trans

Gordura trans

As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.
fontes
Estão presentes em muitos alimentos industrializados, como biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos. A gordura trans é muito utilizada nestes produtos por aumentar sua validade, mas é extremamente nociva para o organismo. Embora alguma gordura trans seja encontrada na natureza (no leite e gordura de ruminantes como vaca e carneiro), por influência de uma bactéria presente no rumén desses animais, a maioria é formada durante a manufatura de alimentos processados.
Riscos à saúde
Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.
Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.
Existem dois tipos de hidrogenação:
A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais polinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.
Rotulagem e legislação
Com um maior controle sobre a alimentação humana, as autoridades em saúde determinaram que em rótulos venha determinada a quantidade de gordura trans contida por porção. Essa quantia muitas vezes nem é notada pelo consumidor, e a principal causa é a falta de interesse e de informação. O Valor Calórico Diário, antes considerado 2,5 mil calorias, decaiu em valor devido à grande quantidade de gorduras trans utilizadas, diminuindo para 2 mil calorias.

gordura trans

As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans[1]. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.

Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.

São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas à dupla ligação encontram-se do mesmo lado, de modo que a molécula tenha uma conformação em curva, e nos ácidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molécula, em sua conformação mais estável, é linear[1].

O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.

Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.
No filme, Spurlock segue uma dieta de 30 dias (fevereiro de 2003) durante os quais sobrevive em sua totalidade com a alimentação e a compra de artigos exclusivamente do McDonald's. O filme documenta os efeitos que tem este estilo de vida na saúde física e psicológica, e explora a influência das indústrias da comida rápida.

Durante a gravação, Spurlock comia nos restaurantes McDonald's três vezes ao dia, chegando a consumir em média 5000 kcal (o equivalente de 6,26 Big Macs) por dia durante o experimento.

Antes do início deste experimento, Spurlock, comia uma dieta variada. Era saudavel e magro, e media 188 cm de altura com um peso de 84,1 kg. Depois de trinta dias, obteve um ganho de 11,1 kg, uns 13% de aumento da massa corporal deixando seu índice de massa corporal em 23,2 (dentro da faixa "saudável" 19-25) a 27 ("sobrepeso"). Também experimentou mudanças de humor, disfunção sexual, e dano ao fígado. Spurlock precisou quatorze meses para perder o peso que havia ganhado.

O fator que motivou Spurlock para fazer a investigação foi a crescente propagação da obesidade em todo os Estados Unidos da América, que o diretor do serviço público de saúde dos Estados Unidos da América tinha declarado como "epidemia", e a correspondente demanda judicial contra o McDonald's em nome de duas meninas com sobrepeso, que alegaram que se converteram em obesas como resultado de comer alimentos do McDonald's. Spurlock disse que apesar do processo contra McDonald's ter falhado, grande parte da mesma crítica contra as companias de tabaco se aplica as franquias de comida rápida. Embora se podia argumentar que a comida rápida, ainda seja psicologicamente viciante,[1][2] não é tão viciante como nicotina.

O filme foca o Mc Donald's como um dos representantes da indústria alimentar estadounidense, que criou tamanhos exagerados de porções e que, sempre que possível, induz ao consumo de mais e maiores porções, fazendo com que a população consuma muito além do necessário para uma alimentação saudável.

O documentário foi nomeado para um Oscar na categoria de melhor documentário longa.
[editar] Experimentos

A medida que o filme começa, Spurlock está fisicamente acima da media, como é demostrado por três médicos (um cardiologista, um gastroenterologista, e um clínico geral), assim como uma nutricionista e um preparador físico. Ele é orientado pelos cinco para realizar a avaliação da sua saúde durante o mês de duração. Todos os profissionais da saúde predizem o "Mc Mess" terá efeitos indesejaveis sobre seu corpo, porém ninguém esperava nada demasiado drástico, citando que o corpo humano como "extremamente adaptável".

Spurlock começa o mês com um café da manhã perto de sua casa em Manhattan, onde há em média quatro McDonald's (e 66.950 habitantes) por milha quadrada (1,6 km ²). Também opta por viajar em taxis com maior frequência, já que pretende manter as distancias que caminha em linha com os 5000 passos (aproximadamente duas milhas) que por dia caminhava a média dos estadounidenses. Spurlock têm várias regras que regem seus hábitos alimentares:

* Deve plenamente comer em McDonald's três comidas por dia
* Deverá escolher cada item no menu do McDonald's ao menos uma vez durante o transcurso dos 30 dias (fez em nove dias)
* Deve ingerir só os itens do menu. Isto inclui a água engarrafada.
* Deve escolher o tamanho "Super Size" de sua comida sempre que lhe for oferecido.
* Deve aceitar todas as promoções oferecidas para que ele compre mais comida que a intencionada inicialmente.
* Terá de caminhar a média que se caminha nos Estados Unidos, sobre a cifra de 5000 passos ao dia,[3] porém isto não era rígido, já que ele caminhou relativamente mais, em comparação do que se caminha em Nova York que em Houston.

No dia 2 Spurlock come pela primeira vez o tamanho Super Size, que leva cerca de uma hora para comer. A experiência foi o aumento de seu estomago durante o processo, que culmina com Spurlock vomitando no caminho de volta para casa.

Depois de cinco dias Spurlock havia ganhado quase 10 libras (4,5 kg). Não passa muito tempo antes de que se encontre a si mesmo com uma sensação de depressão, e ele considera que seus episódios de depressão, letargia e dores de cabeça são causadas pela comida do McDonald's. Um médico descreveu-o como "viciado".

A noiva de Spurlock, Alexandra Jamieson, é um testemunha para o fato de Spurlock ter perdido muita da sua energia e desempenho sexual durante a sua experiência. Não esta claro se Spurlock seria capaz de completar o mês completo devido ao elevados teores de gordura e carboidrato de sua dieta; seus amigos e família começaram a preocupar-se.

Próximo do vigésimo dia, Spurlock havia sentido estranhas palpitações no coração. Consulta seu médico particular, o doutor Daryl Isaacs lhe aconselha parar o que está fazendo de imediato para evitar qualquer tipo de graves problemas de saúde. Apesar desta advertência, Spurlock decide continuar com o teste. Mais tarde declarou em uma entrevista que, apesar das preocupações e objeções da maior parte das pessoas próximas a ele, era seu irmão mais velho que o motivou a continuar com sua observação, "Morgan, a gente comeu esta merda toda sempre. Acha mesmo que vai te matar se você comer os outros 9 dias?"

Spurlock chega ao trigésimo dia e atinge o seu objectivo. Em trinta dias, Spurlock comeu o tamanho "Super Size" em sua refeição em nove ocasiões ao longo do caminho (dos quais cinco foram no Texas). Os três médicos ficaram surpresos com o grau de deterioração da saúde de Spurlock. Um deles afirmou que era irreversivel o dano causado ao seu fígado, que pode sofrer, além disso, um ataque ao coração, mesmo perdendo todo o peso ganho durante o experimento. Ele disse que nesse periodo comeu mais refeições no McDonald's do que um nutricionista recomenda comer em 8 anos.

Gorduras.

As gorduras servem de base para a formação de diversos hormônios no seu corpo, inclusive os hormônios sexuais. Alguém completamente livre de colesterol seria tão dinâmico e sedutor quanto uma tartaruga com cãibra. As gordurinhas dão às mulheres aquele tempero que só quem aprecia um bom churrasco na brasa sabe o que é - ou você conhece alguém que vai ao rodízio seduzido pelos alfaces e repolhos? Magra já basta a carteira.

Precisamos das gorduras. Elas são vitais para o bom funcionamento do organismo e dos biquínis no verão. Mas a vida é um prato de conhecimento temperado com equívocos, que os experts comem acompanhada de um vinho chamado Equilíbrio. Por isso, você deve sempre separar o joio do trigo. Melhor dizendo, a gordura boa da gordura ruim.

Os Triglicerídios são a principal forma de gordura que circula no seu corpo e na sua dieta. Além de serem uma excelente fonte de energia, eles permitem que o organismo aproveite com maior eficiência as proteínas e os carboidratos ingeridos. Apesar deste currículo favorável, o excesso de Triglicerídios pode entupir suas artérias e desencadear uma série de doenças cardiovasculares.

Conhecer bem os principais tipos de gorduras deveria ser uma matéria obrigatória nas escolas, faculdades e cursos pré-nupciais - dizem que a melhor maneira de uma mulher perder 90 Kg de gordura inútil é divorciando-se dela... Como você provavelmente perdeu algumas dessas oportunidades, vou lhe dar uma colher de chá. Veja a seguir as principais gorduras que você irá comer hoje e como elas afetarão sua saúde:

GORDURAS SATURADAS

São as piores. Estas gorduras são sólidas à temperatura ambiente. Aquela gordura de porco assassina que sua avó tinha guardada na cozinha ou a faixa da picanha que causa arrepios nas suas coronárias são bons exemplos. Quando observadas em nível molecular, as gorduras saturadas contém o número máximo possível de átomos de hidrogênio (daí o termo “saturadas”). Se você quer bater o recorde do infarto mais rápido deste lado da Via Láctea, basta levar uma dieta rica em Gorduras Saturadas.

GORDURAS MONOINSATURADAS

Em geral líquidas à temperatura ambiente, as gorduras monoinsaturadas reduzem os níveis de colesterol LDL, considerado o colesterol ruim. As Gorduras Monoinsaturadas são o tipo de gordura que você deve adicionar mais à sua dieta. O Azeite de Oliva é representante mais famoso deste grupo. Abacate e amendoim também são alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas.

GORDURAS POLIINSATURADAS

As Poliinsaturadas reduzem tanto o colesterol LDL quanto o colesterol HDL – e isto não é legal. Em última análise, são os níveis de colesterol HDL que determinam seu risco para doenças cardiovasculares: não basta ter baixos níveis de Colesterol Total, você precisa de altos níveis de colesterol HDL para se proteger. Os alimentos ricos em Gorduras Poliinsaturadas incluem os óleos de girassol e de milho.

GORDURAS HIDROGENADAS

Durante o processo de hidrogenação, as gorduras poliinsaturadas ou monoinsaturadas recebem átomos adicionais de hidrogênio para aumentar seu tempo de vida útil. Este processo industrial transforma as gorduras hidrogenadas em gorduras saturadas – e você ainda se recorda que este é o pior tipo, certo? Quando você se deparar com o rótulo de um produto que diz “contém gorduras hidrogenadas”, isto significa que aquele produto contém uma boa quantidade de gorduras saturadas e trans. Saia correndo e lave imediatamente as mãos com água benta.

GORDURAS TRANS

Também chamados Ácidos Graxos Trans, são uma forma de gordura capaz de aumentar os níveis de LDL (colesterol ruim) e reduzir os níveis de HDL (colesterol bom). Ou seja: o pacote completo para desequilibrar sua pressão e aumentar o risco de ter um derrame.

Os ácidos graxos trans sempre estiveram presentes na nossa dieta, mas nunca em níveis tão alarmantes. A Gordura Trans pode ser encontrada em grandes quantidades em margarinas, biscoitos, pacotes de batatinhas fritas, salgadinhos e inúmeros outros alimentos industrializados.

ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS

Existem 2 ácidos graxos essenciais: os famosos Ômega-6 (ácido linoleico) e Ômega-3 (ácido linolênico). Você já deve tê-los visto em propagandas na TV e programas de debate: eles estão onde quer que tenha alguém falando sobre redução do risco para hipertensão arterial, derrame, angina e tromboses. Os Ácidos Graxos Essenciais são um santo remédio para o seu coração.

As principais fontes de Ômega-6 e Ômega-3 incluem peixes, cereais e óleos vegetais (girassol, milho, linhaça, soja e algodão). Os ácidos graxos essenciais também podem ser encontrados na forma de suplementos alimentares ou adicionados a diversos alimentos.

Dieta do Palhaço

http://www.youtube.com/watch?v=qyV3EC4LHn0

Assistam! ;)
Gordura trans é a transformação do óleo vegetal em gordura sólida. Também conhecida como óleo hidrogenado, a gordura trans é encontrada principalmente em alimentos industrializados, pois serve para dar crocância e consistência aos alimentos.

No organismo, a gordura trans traz prejuízos à saúde: obesidade, aumento do colesterol ruim e diminuição do colesterol bom, dificuldade na passagem do sangue pelas artérias, diabetes, facilidade de contrair inflamações, câncer de mama e outros.
A gordura trans está presente em alimentos como manteiga, batatas fritas, sorvetes, biscoitos, bolos, bolachas recheadas e outros empacotados.

Gorduras Trans

Desde 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga todos os fabricantes a indicar no rótulo a quantidade de gordura trans presente nos alimentos. Por outro lado, o Ministério da Saúde também tenta acabar com a utilização dessa gordura, seguindo o exemplo de países como Suíça e a Dinamarca, onde ela é proibida. A perseguição tem um bom motivo. Estudos científicos comprovaram que essa gordura é extremamente prejudicial à saúde: além de aumentar os níveis de colesterol ruim, o LDL, também diminui a taxa de colesterol bom, o HDL. E isso significa elevar o risco de arteriosclerose, infarto e acidente vascular cerebral.

A gordura trans é o nome dado à gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial. "Algumas carnes e o leite já têm essa gordura, mas em pequena quantidade. O que preocupa mesmo são as gorduras usada pela indústria", explica Samantha Caesar de Andrade, nutricionista do Centro de Saúde Escola Geraldo Horácio de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da USP. A gordura vegetal hidrogenada faz parte do grupo das gorduras trans e é a mais encontrada em alimentos. Ela começou a ser usada em larga escala a partir dos anos 1950, como alternativa à gordura de origem animal, conhecida como gordura saturada. Acreditava-se que, por ser de origem vegetal, a gordura trans ofereceria menos riscos à saúde. Mas estudos posteriores descobriram que ela é ainda pior que a gordura saturada, que também aumenta o colesterol total, mas pelo menos não diminui os níveis de HDL no organismo. Em geral, as gorduras vegetais, como o azeite e os óleos, são bons para a saúde. Porém, quando passam pelo processo de hidrogenação ou são esquentadas, as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Essa nova gordura é que vai fazer todo o estrago nas artérias. Esse processo de hidrogenação serve para deixar a gordura mais sólida. E é ela que vai fazer com que os alimentos fiquem saborosos, crocantes e tenham maior durabilidade. O grande desafio atual da indústria é encontrar uma alternativa mais saudável à gordura trans, sem que os alimentos percam suas propriedades.
A gordura trans não é sintetizada pelo organismo e, por isso, não deveria ser consumida nunca. Mas, como isso é quase impossível, o Ministério da Saúde determinou que é aceitável consumir até 2g da gordura por dia, o que equivale a quatro biscoitos recheados. Mesmo tendo isso em mente, um dos grandes problemas para o consumidor é conseguir perceber com clareza quanta gordura trans existe em cada alimento. "A Anvisa determinou que, quando uma porção do alimento possuir até 0,2% da gordura, o rótulo pode dizer que o produto não tem gordura trans, o que não é verdade", explica Samantha Andrade. Ou seja, se a embalagem traz os valores referentes à porção de dois biscoitos e esses contiverem 0,2g de gordura trans, o fabricante pode afirmar que o produto é livre dela. Mas, na verdade, se uma pessoa comer 20 biscoitos terá consumido os 2g da gordura. "Por isso, o melhor jeito do consumidor ter certeza do que está comprando é verificar a lista de ingredientes para checar se não existe gordura vegetal hidrogenada na composição do produto", ensina a nutricionista. Vale lembrar que os alimentos que mais contêm gordura trans são bolachas, pipocas de microondas, chocolates, sorvetes, salgadinhos e todos os alimentos que tem margarina na composição.

gorduras trans e os alimentos que as possuem

Essa gordura entra na composição de diversos alimentos, do bolo da padaria ao biscoito "água e sal". Seu uso deixa esses produtos mais crocantes, sequinhos, duráveis e apetitosos. Mas, além de aumentar os níveis do "mau" colesterol, a gordura trans também diminui a quantidade do "bom".

A solução seria banir a trans da alimentação, como sugerem os nomes de organizações não-governamentais como a Ban Trans Fat e a Trans Free America? Na vida real, as coisas não funcionam assim. A questão não é abolir, mas tentar reduzir ao máximo o consumo de gordura trans. A dificuldade é saber quais alimentos a contêm e em qual quantidade. Para tentar resolver esse problema, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que, a partir de 1º de agosto de 2006, as empresas devem especificar nos rótulos o teor de gordura trans de seus produtos.

A: Ácidos graxos
São os principais componentes das gorduras (lipídeos). Quando digeridas, as gorduras fornecem ao organismo energia e ácidos graxos. Estes podem ser do tipo monoinsaturados, poliinsaturados, saturados e trans (gerados, basicamente, no processo industrial de hidrogenação de óleos vegetais mas existentes, em pequena quantidade, em carnes, leite e derivados).

B: Biscoitos
Biscoitos doces e salgados são ricos em gordura hidrogenada e, conseqüentemente, em ácidos graxos trans. Até os populares "água e sal" e "cream cracker", muitos consumidos por quem quer fazer dieta ou ter uma alimentação saudável, são ricos nesse tipo de gordura -mais ainda do que os biscoitos recheados.

C: Câncer
Segundo Glaucia Maria Pastore, professora de bioquímica dos alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), há evidências na literatura científica de que o consumo excessivo de ácidos graxos trans pode estar relacionado a uma maior incidência de câncer de mama.

O endocrinologista Antonio Carlos Lerário, diretor da Sociedade Brasileira de Diabetes, explica que, embora ainda não existam estudos conclusivos, suspeita-se que o ácido graxo trans altere o funcionamento da parede celular, principalmente das artérias (nas quais o colesterol produzido pelas gorduras se deposita), o que pode gerar alterações anormais nas células.

D: Diets e lights
Uma das preocupações dos médicos em relação à gordura trans é que ela está oculta em grande parte dos alimentos industrializados e é consumida inadvertidamente. O chocolate diet, por exemplo, é indicado para diabéticos por não conter açúcar, mas pode ter uma quantidade igual ou maior de gordura do que o chocolate convencional. "Ao retirar o açúcar, o chocolate fica com sabor e consistência menos agradáveis. A gordura hidrogenada [que gera ácido graxo trans] melhora esses dois aspectos, por isso pode ser utilizada em vários desses produtos", diz o endocrinologista Antonio Carlos Lerário. Pela legislação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os produtos light são os alimentos com redução mínima de 25% de determinado nutriente ou caloria. Se a redução é na quantidade de gorduras em geral, conseqüentemente conterão menos ácidos graxos trans.

E: Estudos
No Brasil e no mundo, ainda são poucos os trabalhos que especificam a quantidade de ácidos graxos trans presentes nos alimentos. Segundo a nutricionista Vera Lúcia Chiara, professora do Instituto de Nutrição da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), as tabelas nacionais de composição de alimentos não trazem o teor de gorduras trans que eles possuem. "Há tabelas com esses valores nos Estados Unidos, mas elas são antigas. Além disso, a quantidade de trans nos produtos muda de uma região para outra." Chiara analisou o teor de trans em alguns alimentos produzidos no Brasil, como sorvetes, biscoitos e batatas frita.

F: Fast food
A gordura trans é utilizada para preparação de alimentos nas redes de fast food porque, além de ser mais durável, "tem uma estrutura que conserva melhor o alimento e o deixa mais atraente. É por isso que a batata frita fica mais dourada e parece mais crocante do que a feita em casa", diz Artur Cotrim Guimarães, chefe do departamento de prevenção do Hospital Pró Cardíaco. Nos EUA, a organização não-governamental Ban TransFats.com processou a rede McDonald's pelo descumprimento de uma promessa, feita em 2002, de cortar drasticamente a utilização de gordura trans.

G: Grávidas e crianças
De acordo com a nutricionista Vera Lúcia Chiara, uma questão que está sendo muito debatida é se gestantes e crianças devem consumir gordura trans. "Os ácidos graxos trans competem com um tipo de gordura insaturada, o ácido linoleico, que nosso organismo não produz. Isso atrapalha a produção de outras gorduras que são essenciais ao desenvolvimento neurológico do feto e da criança", explica a nutricionista.

H: Hidrogenada
A gordura hidrogenada é produzida, por meio de um processo industrial, a partir de óleos vegetais ricos em ácidos graxos poliinsaturados. "A hidrogenação parcial [reação do óleo com hidrogênio] torna o óleo mais consistente, que passa de líquido a pastoso ou sólido. Esse processo gera ácidos graxos trans", diz o engenheiro químico Homero Souza, gerente de pesquisas e desenvolvimento do grupo Agropalma. A gordura hidrogenada tem larga utilização industrial: entra na composição de bolos, pães, congelados, entre outros produtos.

I: Insaturada e saturada
Os ácidos graxos insaturados são as gorduras mais saudáveis que existem. Eles podem ser divididos em monoinsaturados (cujas maiores fontes são o azeite de oliva, o óleo de canola e o abacate) e poliinsaturados -o ômega 3, presente principalmente nos peixes de água frias, e o ômega 6, encontrado nos óleos vegetais, com exceção dos de coco, cacau e palma (dendê).

Já os ácidos graxos saturados são considerados, ao lado da gordura trans, os mais prejudiciais à saúde. As maiores fontes desse nutriente são os alimentos com gordura animal (como carne, leite e manteiga). Os únicos vegetais que possuem esse nutriente são os óleos de palmeira e de coco.

O consumo elevado de gorduras saturadas aumenta o colesterol total e o LDL (colesterol ruim). De acordo com a nutricionista Liliana Bricarello, as novas diretrizes do National Cholesterol Education Program e da American Heart Association aconselham que a ingestão desse tipo de gordura não ultrapasse 7% do valor calórico diário total.

L: LDL/HDL
Artur Cotrim Guimarães, do Hospital Pró-Cardíaco, do Rio de Janeiro, explica que, no processo de digestão, a gordura se transforma em pequenas partículas e se liga a proteínas, formando lipoproteínas, que podem ser de baixa densidade (LDL, do inglês Low Density Lipoprotein) ou alta densidade (HDL, High Density Lipoprotein). As de baixa densidade aderem às paredes das artérias, gerando mecanismos inflamatórios que aumentam os coágulos e, cumulativamente, formam placas que obstruem as artérias. Ou seja, estão diretamente relacionadas aos problemas cardiovasculares, por isso o LDL é chamado de mau colesterol. O HDL é considerado bom porque as lipoproteínas de alta densidade "ocupam" o espaço das LDL, diminuindo sua quantidade no organismo. Os ácidos graxos trans, além de aumentar a quantidade de LDL, diminuem a de HDL.

M: Margarina
Por ser produzida a partir de óleos vegetais, ricos em ácidos graxos insaturados, já foram consideradas uma melhor opção às gorduras de origem animal (como a manteiga), fontes de ácidos graxos saturados, que produzem o mau colesterol. "Mas hoje, sabemos que o óleo vegetal, ao ser hidrogenado para criar a consistência da margarina, transforma a gordura vegetal em gordura ruim, a trans", diz o endocrinologista Antonio Carlos Lerário. O processo de hidrogenação é a forma mais barata de produzir cremes vegetais (pastosos) a partir dos óleos (líquidos), por isso é o mais utilizado pela indústria.

N: Natural
A maior parte dos ácidos graxos trans é produzida no processo industrial de hidrogenação. Mas esses também existem "na natureza", em alimentos como carne de animais ruminantes, leite e derivados, conta o engenheiro químico Homero Souza. "Porém, a quantidade de ácidos trans nesses alimentos é mínima. Nesses casos, a preocupação é com as gorduras saturadas", diz o endocrinologista Antonio Carlos Lerário.

O: Óleos vegetais
As gorduras de origem vegetal são insaturadas. São a base para a fabricação das gorduras hidrogenadas, mas, em estado líquido, não contêm ácidos graxos trans. Ou seja, o óleo vegetal de uso caseiro ("óleo de cozinha") não contém gordura trans.

P: Preparação caseira
Quando um produto que contém ácidos graxos trans (certas margarinas, por exemplo) é utilizado para a preparação de alimentos em casa, nem a quantidade dessa substância nem a sua ação no organismo são alteradas, diz Glaucia Maria Pastore, da Unicamp.

Q: Quantidade máxima recomendada
Por não ser necessária ao organismo, não há um valor recomendado de gordura trans a ser ingerida -o ideal é consumir o mínimo possível. "Não é como as fibras ou os carboidratos, para os quais há um valor diário recomendado", diz Antonia Aquino, gerente de produtos especiais da Anvisa.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a ingestão de gordura trans não ultrapasse 1% do valor calórico da dieta. Como cada grama de gordura equivale a nove calorias, um adulto que consome 2.000 calorias diárias não deveria ultrapassar 2 g de gordura trans (o equivalente a menos de 100 g de biscoitos recheados).

R: Rótulo
Atualmente, não adianta procurar no rótulo dos alimentos a quantidade de gordura trans que eles possuem. Somente a partir de 1º de agosto de 2006 as empresas serão obrigadas a especificar, além do teor total de lipídeos e de gorduras saturadas, a quantidade de ácidos graxos trans presentes nos alimentos que fabricam. A determinação foi regulamentada pela RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) número 360, da Anvisa, que entrou em vigor em dezembro de 2003.

Por enquanto, o que é possível fazer é verificar no item "ingredientes" do rótulo se há a indicação "gordura hidrogenada" ou "parcialmente hidrogenada" ou "óleo vegetal hidrogenado" ou "parcialmente hidrogenado". Se houver, é gordura trans na certa.

S: Substitutos
Algumas embalagens de alimentos já trazem, no campo "ingredientes", os dizeres "gordura interesterificada". Isso significa que os ácidos graxos presentes no produto passaram por um processo chamado interesterificação, que solidifica os óleos vegetais sem que esses tenham de ser hidrogenados. "É um processo mais novo do que a hidrogenação. A tendência é que ele comece a ser utilizado com mais freqüência pela necessidade de encontrar uma alternativa à trans", diz Glaucia Pastore, da Unicamp. Segundo ela, a outra saída é usar, durante o processo de hidrogenação, o óleo de palma, que não forma ácidos graxos trans.

T: Transversos
A designação "trans" vem de "transversos". O nome diz respeito à ordem da cadeia de átomos do ácido graxo. Segundo o engenheiro químico Homero Souza, é uma ordem pouco freqüente na natureza e praticamente inexistente em óleos e gorduras vegetais não refinados.

U: Utilidade
A gordura trans faz mal à saúde, mas traz uma série de vantagens para a indústria alimentícia. Por ser sólida, ela é mais fácil de ser utilizada do que o óleo vegetal líquido. Além disso, valoriza o aspecto dos alimentos. Pães e massas folhadas, por exemplo, ganham uma aparência mais dourada. "É um tipo de gordura mais fácil de trabalhar e de estocar, tem menor probabilidade de oxidação e não é tão perecível. Por isso os fabricantes gostam dela", diz a nutricionista Mariana del Bosco Rodrigues, co-responsável pelo departamento de nutrição da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade).

Z: Zero Trans
Nos Estados Unidos, organizações como a Ban Trans Fats e a Trans Free America se mobilizam para que a indústria alimentícia reduza a quantidade de trans nos produtos que fabrica.

No Brasil, algumas indústrias retiraram os ácidos graxos trans de suas margarinas. Becel, Doriana, Claybom, Delicata e Qualy Light são alguns exemplos de produtos sem trans
As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans[1]. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.

Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.

São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas à dupla ligação encontram-se do mesmo lado, de modo que a molécula tenha uma conformação em curva, e nos ácidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molécula, em sua conformação mais estável, é linear[1].

O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.

Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.

Existem dois tipos de hidrogenação:

* A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
* A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais polinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.

Gorduras trans.

O que é ?

Gordura trans é o nome popular de um tipo de gordura não saturada. Ela pode se apresentar tanto na forma monosaturada como na forma polinsaturada.

Informações sobre a gordura trans

Uma classe específica deste tipo de gordura está presente, em pequena quantidade, nas carnes e em diversos outros produtos de origem animal, consumidos freqüentemente por grande parte das pessoas.

Quimicamente as moléculas da gordura trans se apresentam de forma semelhante as das gorduras não trans; contudo, ambas possuem características diferentes.

Nas moléculas de gordura trans, os átomos de hidrogênio são pareados e se ligam duplamente aos átomos de carbono, característica também comum as gorduras não saturadas, contudo, o ponto de fusão da trans é bem mais alto.

Ao contrário de outros tipos de gordura, a trans, além de não ser necessária ao nosso organismo, é extremamente prejudicial à saúde. Sabe-se que seu consumo aumenta muito o risco de doenças do coração.

As gorduras trans que não são de origem animal, são consideradas bem mais prejudiciais à saúde do que aquelas que já se apresentam naturalmente nos alimentos, como por exemplo, as que estão presentes em alimentos como a carne.

Diante dos malefícios que ela traz a saúde, órgãos de controle da saúde em todo o mundo recomendam a redução de seu consumo. Este tipo de gordura está, na maioria das vezes, relacionada à obesidade.

Muitos países adotaram um controle rígido de seu consumo, como por exemplo, a obrigatoriedade de se revelar sua quantidade ou presença no rótulo das embalagens. Diante disso, empresas alimentícias já estão removendo voluntariamente a gordura trans de seus produtos.

Curiosidade: os alimentos que mais possuem gordura trans são: biscoitos recheados industrializados, salgadinhos de pacote, pipoca de micro-ondas, molhos de salada, maioneses, hamburgueres, margarinas, sorvetes, chocolates, etc.

Dica: antes de comprar um produto industrializado, olhe no rótulo da embalagem a tabela com informações. Dê preferência para os alimentos sem gordura trans. Muitas empresas já estão fabricando produtos, como os acima citados, sem este tipo de gordura

gorduras trans

As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans[1]. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.
Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.
São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas à dupla ligação encontram-se do mesmo lado, de modo que a molécula tenha uma conformação em curva, e nos ácidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molécula, em sua conformação mais estável, é linear[1].
Riscos à saúde
Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.
Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares.

gorduras trans

Gorduras trans
As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans[1]. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.
Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.
São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas à dupla ligação encontram-se do mesmo lado, de modo que a molécula tenha uma conformação em curva, e nos ácidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molécula, em sua conformação mais estável, é linear
Fontes
Estão presentes em muitos alimentos industrializados, como biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos. A gordura trans é muito utilizada nestes produtos por aumentar sua validade, mas é extremamente nociva para o organismo. Embora alguma gordura trans seja encontrada na natureza (no leite e gordura de ruminantes como vaca e carneiro), por influência de uma bactéria presente no rumén desses animais, a maioria é formada durante a manufatura de alimentos processados.
Em muitas áreas a gordura trans dos óleos vegetais parcialmente hidrogenados substituiu a gordura sólida e óleos líquidos naturais. Os alimentos que mais provavelmente contêm gordura trans são frituras, molhos de salada, margarinas, entre outros alimentos processados.
Riscos à saúde
Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.
Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares.
As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.

Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.

São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas à dupla ligação encontram-se do mesmo lado, de modo que a molécula tenha uma conformação em curva, e nos ácidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molécula, em sua conformação mais estável, é linear.

O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.

Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.

Existem dois tipos de hidrogenação:

* A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
* A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais polinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.

Gabriela Petry 11, Jessica Lenhardt 25.

Gorduras trans

As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração transSeu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.

São considerados especiais devido à sua conformação estrutural. Nos ácidos graxos cis, que é como geralmente são encontrados os ácidos graxos na natureza, as cadeias de carbono vizinhas à dupla ligação encontram-se do mesmo lado, de modo que a molécula tenha uma conformação em curva, e nos ácidos graxos trans as cadeias se encontram alinhadas, de forma que a molécula, em sua conformação mais estável, é linear.
O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.

Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano, sendo que são resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Mas a hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e estas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.

Existem dois tipos de hidrogenação:
* A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
* A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais polinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.

Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.

Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares.

Gorduras Trans

Gorduras Trans

Inventada pela indústria alimentícia para deixar os alimentos mais saborosos e conservados, a gordura trans tornou-se uma das principais vilãs das dietas atuais. A gordura que deixa tudo delicioso também entope os vasos sanguíneos e causa o acidente vascular cerebral - mal responsável pela hospitalização de 168.000 brasileiros no ano passado. O Ministro da Saúde, com base nos números, se empenha em dar um fim na utilização dessa gordura, mas a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação alega que não há alternativa viável por enquanto.
É um tipo de gordura produzida industrialmente a partir de um processo químico, a hidrogenação. Usada desde o início do século passado, ela passou a ser consumida com mais freqüência, e sem culpa, a partir dos anos 50. Por ser proveniente de óleos vegetais, acreditava-se que a gordura trans era uma opção mais saudável à gordura animal - que comprovadamente aumenta o LDL (colesterol ruim) no sangue. A partir da década de 80, estudos científicos provaram que a trans é um dos grandes venenos da alimentação moderna.
Os óleos de origem vegetal são colocados em uma câmara de hidrogênio. Eles são submetidos a alta pressão e temperatura e, assim, transformados em uma pasta preta de odor ruim. Depois, esta pasta é alvejada até ficar sem cor e é desodorizada para perder o cheiro. A gordura, agora semi-sólida, fica com a textura ideal para o processamento e preparo industrial de alimentos.
Gordura trans são ácidos graxos insaturados. A designação "trans" vem de "transversos" e o nome é referente à ordem da cadeia de átomos do ácido graxo. Em um óleo encontrado na natureza, por exemplo, os átomos estão distribuídos em posição paralela. No entanto, quando é submetido ao tratamento industrial de hidrogenação, a estrutura química do óleo é modificada, fazendo com que os ácidos graxos fiquem com os átomos em disposição "diagonal" - ou em alinhamento transversal (trans).
A maior concentração dela está nas bolachas, pipocas de microondas, chocolates, sorvetes, salgadinhos, pastéis, folhados, tortas, bolos, tudo o que utiliza as margarinas nas receitas. Os combos servidos nos restaurantes de fast-food estão no topo da lista de alimentos com gordura trans. Até alguns produtos diet e light não escapam da vilã. A carne e o leite de animais ruminantes, como bovinos e caprinos, possuem gorduras trans em quantidades mínimas, quase inexpressivas. Neste caso, ela se forma a partir do processo de hidrogenação natural no rúmen dos animais. Como a quantidade é insignificante, especialistas nunca se referem a estes itens quando criticam e restringem a gordura trans.
Os especialistas explicam que a gordura trans não é sintetizada no organismo humano, por isso permanece depositada no corpo. Como não é essencial para a saúde, não há um valor recomendado de ingestão. O ideal é não consumi-la nunca, mas os médicos, cientes da impossibilidade da restrição no mundo atual, recomendam o consumo mínimo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a ingestão de gordura trans não ultrapasse 1% do valor calórico da dieta. O que numa alimentação de 2.000 calorias equivale a dois gramas diários de gordura trans - quantidade equivalente a três biscoitos recheados de morango. Até as aparentemente inofensivas bolachas tipo cream cracker ou água e sal contêm gordura trans. Seis unidades, por exemplo, equivalem a 1,2 g e meio pacote a 4,1 g. As crianças, grandes fãs das guloseimas trans, devem ter o consumo vigiado e controlado. Uma vez que a obesidade infantil é hoje considerada um problema de saúde pública. Já se sabe também que a mulher grávida que come gordura trans pode prejudicar o desenvolvimento neurológico do feto e também tem mais tendências a ter um filho obeso.
A lista de problemas é enorme. O fato mais conhecido é que a gordura trans aumenta o LDL (colesterol ruim) e diminui o HDL (colesterol bom) no sangue. Ela também é responsável pela produção da gordura visceral, que se acumula na região da cintura. Isso leva à síndrome metabólica, uma conjunto de doenças graves: diabetes, pressão alta, alto nível de colesterol ruim e de triglicérides no sangue. Essa combinação causa acúmulo de placas de gordura na parede dos vasos sangüíneos, fator que pode resultar em ataque cardíaco e AVC (acidente vascular cerebral). Pesquisas sugerem que as mulheres que consomem altos índices de gordura trans têm duas vezes mais chances de sofrer de câncer de mama. Já outros estudos indicam que a gordura trans faz com que as membranas percam sua flexibilidade, dificultando a transmissão de impulsos nervosos, que podem estar ligados com o aumento da incidência de depressão.
Embora pareça não ter nenhum ponto positivo, a gordura trans é a grande responsável por fazer com que os alimentos fiquem saborosos. Ela também valoriza a aparência dos alimentos, deixando-os mais dourados e crocantes - no caso de salgadinhos de pacote e alguns tipos de bolachas. Além disso, a gordura trans aumenta o prazo de validade, permitindo que os produtos permaneçam muito mais tempo nas prateleiras sem estragar.

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Alimentos que contém gordura trans

Hoje em dia se sabe que o consumo acentuado de alimentos gordurosos é prejudicial à saúde ocasionando obesidade, aumento das gorduras sangüíneas como triglicérides, colesterol total e LDL-colesterol.
Eles causam doenças cardiovasculares, além de um mau funcionamento do organismo em geral.

Esse grande vilão da saúde é conhecido como a gordura saturada. É proveniente de alimentos de origem animal como carnes, leite integral e seus derivados (manteiga, queijo), chocolate, alimentos
fritos etc. Ela sabidamente aumenta os níveis de colesterol sangüíneo, contribuindo para o aparecimento de doenças. E, segundo a Organização Mundial de Saúde, o Brasil é o 9º país onde ocorrem mais mortes por doenças cardíacas.

Porém, o que muita gente não sabe é que a gordura insaturada também pode ocasionar tais problemas. A gordura saudável, proveniente de alimentos de origem vegetal, quando transformada em saturada, através do processo de hidrogenação industrial, passa a ter outras características, que não anteriores.

A gordura do tipo insaturada é líquida em temperatura ambiente como os óleos vegetais, por exemplo. Através do processo de hidrogenação industrial, os óleos incorporam hidrogênio e se transformam em gorduras sólidas à temperatura ambiente e, com isso, são utilizados na indústria alimentícia, tornando melhor a consistência dos alimentos, dando mais sabor e também aumentando a vida útil dos alimentos.

A gordura trans também está presente em alguns alimentos in natura, onde passam pelo processo de hidrogenação natural, ocorrido nos animais. A carne e o leite possuem pequenas quantidades de gordura trans.

A gordura hidrogenada, que é um tipo específico de gordura, trans produzido industrialmente, tem como exemplo as margarinas e alimentos preparados com estes ingredientes. Além de alimentos industrializados, como sorvete, salgadinho de pacote, bolos industrializados, biscoitos recheados, bolachas, batata frita, pratos congelados, margarinas etc.

O consumo excessivo de alimentos ricos em gordura do tipo trans altera o metabolismo lipídico, causando aumento no colesterol sangüíneo total e ainda do LDL-colesterol (o mau colesterol).
Outra desvantagem do consumo de gordura trans é a diminuição do colesterol bom, o HDL-colesterol.
A gordura trans é o nome dado à gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial. "Algumas carnes e o leite já têm essa gordura, mas em pequena quantidade. O que preocupa mesmo são as gorduras usada pela indústria", explica Samantha Caesar de Andrade, nutricionista do Centro de Saúde Escola Geraldo Horácio de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da USP. A gordura vegetal hidrogenada faz parte do grupo das gorduras trans e é a mais encontrada em alimentos. Ela começou a ser usada em larga escala a partir dos anos 1950, como alternativa à gordura de origem animal, conhecida como gordura saturada. Acreditava-se que, por ser de origem vegetal, a gordura trans ofereceria menos riscos à saúde. Mas estudos posteriores descobriram que ela é ainda pior que a gordura saturada, que também aumenta o colesterol total, mas pelo menos não diminui os níveis de HDL no organismo. Em geral, as gorduras vegetais, como o azeite e os óleos, são bons para a saúde. Porém, quando passam pelo processo de hidrogenação ou são esquentadas, as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Essa nova gordura é que vai fazer todo o estrago nas artérias. Esse processo de hidrogenação serve para deixar a gordura mais sólida. E é ela que vai fazer com que os alimentos fiquem saborosos, crocantes e tenham maior durabilidade. O grande desafio atual da indústria é encontrar uma alternativa mais saudável à gordura trans, sem que os alimentos percam suas propriedades.


* Por que comemos isto?

A gordura trans não é sintetizada pelo organismo e, por isso, não deveria ser consumida nunca. Mas, como isso é quase impossível, o Ministério da Saúde determinou que é aceitável consumir até 2g da gordura por dia, o que equivale a quatro biscoitos recheados. Mesmo tendo isso em mente, um dos grandes problemas para o consumidor é conseguir perceber com clareza quanta gordura trans existe em cada alimento. "A Anvisa determinou que, quando uma porção do alimento possuir até 0,2% da gordura, o rótulo pode dizer que o produto não tem gordura trans, o que não é verdade", explica Samantha Andrade. Ou seja, se a embalagem traz os valores referentes à porção de dois biscoitos e esses contiverem 0,2g de gordura trans, o fabricante pode afirmar que o produto é livre dela. Mas, na verdade, se uma pessoa comer 20 biscoitos terá consumido os 2g da gordura. "Por isso, o melhor jeito do consumidor ter certeza do que está comprando é verificar a lista de ingredientes para checar se não existe gordura vegetal hidrogenada na composição do produto", ensina a nutricionista. Vale lembrar que os alimentos que mais contêm gordura trans são bolachas, pipocas de microondas, chocolates, sorvetes, salgadinhos e todos os alimentos que tem margarina na composição.



Por:Júlia Wint
A gordura trans é o nome dado à gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial. "Algumas carnes e o leite já têm essa gordura, mas em pequena quantidade. O que preocupa mesmo são as gorduras usada pela indústria", explica Samantha Caesar de Andrade, nutricionista do Centro de Saúde Escola Geraldo Horácio de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da USP. A gordura vegetal hidrogenada faz parte do grupo das gorduras trans e é a mais encontrada em alimentos. Ela começou a ser usada em larga escala a partir dos anos 1950, como alternativa à gordura de origem animal, conhecida como gordura saturada. Acreditava-se que, por ser de origem vegetal, a gordura trans ofereceria menos riscos à saúde. Mas estudos posteriores descobriram que ela é ainda pior que a gordura saturada, que também aumenta o colesterol total, mas pelo menos não diminui os níveis de HDL no organismo. Em geral, as gorduras vegetais, como o azeite e os óleos, são bons para a saúde. Porém, quando passam pelo processo de hidrogenação ou são esquentadas, as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Essa nova gordura é que vai fazer todo o estrago nas artérias. Esse processo de hidrogenação serve para deixar a gordura mais sólida. E é ela que vai fazer com que os alimentos fiquem saborosos, crocantes e tenham maior durabilidade. O grande desafio atual da indústria é encontrar uma alternativa mais saudável à gordura trans, sem que os alimentos percam suas propriedades.

dieta do palhaço

A alimentação sempre foi um dos grandes temas da humanidade. Primeiramente pela necessidade de sobrevivência, quando tínhamos que garantir a subsistência de nossos grupamentos e organizávamos os processos e estratégias através dos quais conseguíamos nossos alimentos. Isso começou há muito tempo atrás, quando ainda não conseguíamos divisar com clareza as nossas diferenças com outras espécies que habitavam o planeta.

Para superar as eventuais dificuldades começamos praticando a coleta. A oferta não era sempre tão farta, muitas vezes o que era obtido não era suficiente para suprir a demanda do grupo. Evoluímos para uma dieta carnívora a partir do momento em que liberamos as mãos e produzimos as nossas primeiras ferramentas (de ossos, paus, pedras). Tanto na coleta quanto na caça (e na pesca) existia a clara necessidade de deslocamento (nomadismo), com os grupamentos humanos sendo obrigados a procurar manadas ou locais onde existisse uma oferta razoável de água e frutos.

O surgimento da agricultura, da criação de animais e posteriormente do comércio facilitou muito a vida da humanidade. As grandes civilizações erigiram mercados, construíram estradas, estabeleceram regras, definiram a cobrança de impostos e com medidas dessa natureza permitiram que suas comunidades tivessem acesso rápido e fácil aos alimentos. Bastava apenas ter dinheiro para pagar por essas mercadorias...

Daquele período para os dias de hoje muitas alterações surgiram e levaram a estruturação de possibilidades ainda maiores e melhores no que tange a obtenção de alimentos pelos seres humanos. O século XX foi o que maior contribuição trouxe para que a distância entre homens e alimentos diminuísse. Equipamentos como refrigeradores, fogões a gás, fornos de microondas, fornos elétricos e vários eletrodomésticos das mais variadas espécies ajudaram a agilizar os processos de cocção e transformação dos alimentos.

Além dos equipamentos criados pela tecnologia, a humanidade produziu técnicas de armazenamento, formas de conservação por períodos prolongados, alimentos instantâneos, suplementos vitamínicos e viu crescer enormemente a rede de restaurantes e demais estabelecimentos que atendem a demanda alimentícia humana nas grandes cidades.

Entre esses restaurantes, a partir da década de 1950, surgiu uma nova categoria denominada lanchonete fast-food. Desde o seu surgimento esse segmento multiplicou muitas vezes a sua presença e o seu lucro no planeta. As pessoas se afeiçoaram aos sistemas e processos que permitiam a esses estabelecimentos oferecer hambúrgueres, cachorro-quente, batatas fritas, frangos empanados, refrigerantes ou sundaes em poucos minutos.

Para se encontrar, nos dias de hoje, uma lanchonete como essas numa grande cidade de qualquer continente não é preciso muito esforço. Há várias filiais espalhadas pelo mundo. Entre as várias redes, a de maior presença e força é o McDonald’s. Não existiria nenhum problema quanto a esses estabelecimentos se pensássemos apenas no fator oferta de alimentos, pelo contrário, sua existência poderia até ser enaltecida. Entretanto, a qualidade dos alimentos oferecidos por lanchonetes de fast-food virou questão de saúde pública...

Para atestar essa circunstância, o cineasta Morgan Spurlock resolveu comprovar os problemas relacionados a uma dieta baseada no consumo constante de alimentos oferecidos por redes de lanchonetes fast-food. Para tanto, tornou-se cobaia de sua própria experiência e durante um mês se alimentou exclusivamente de produtos oferecidos pela maior rede mundial de lanchonetes fast-food, o McDonald’s. Os resultados? Confira assistindo o filme, um grandioso documentário, vencedor de vários prêmios. Obrigatório e imperdível!

gorduras trans

Efeitos das gorduras trans no cérebro

Em uma pesquisa inédita na literatura mundial, cientistas da Unicamp descobriram que as gorduras trans afetam diretamente o cérebro, podendo levar ao descontrole no ato de comer e à obesidade.

A pesquisa indica que as dietas ricas em gorduras saturadas, como as presentes nas carnes bovina e suína, promovem a lesão de uma região do cérebro chamada hipotálamo, responsável pelo controle da fome e do gasto energético. Algumas pessoas, quando expostas a dietas hipercalóricas, perdem gradativamente este controle neural e passam a consumir mais calorias do que gastam, tornando-se obesas com o decorrer do tempo.

Esta descrição de uma lesão neurológica induzida por fatores nutricionais, levando ao desenvolvimento da obesidade, é inédita na literatura médica.

Valor energético dos alimentos

Os resultados obtidos por Marciane Milanski, referente à primeira parte da pesquisa, foram publicados em janeiro deste ano na conceituada revista Journal of Neuroscience, enquanto o trabalho de Juliana Moraes já está submetido para publicação. Elas tiveram a orientação do professor Licio Velloso.

"É sabido que quem ingere muita gordura ganha peso, mas acreditava-se, até alguns anos atrás, que a obesidade se devia ao valor energético do alimento, apesar das evidências de que esta não era a única causa. Afinal, entre os indivíduos que consomem dietas ricas em gordura, há os que engordam e outros que não. Por isso, buscamos em modelos animais outras explicações para a gênese da doença", explica o professor Velloso

Perda de função do hipotálamo

Se, uma vez inflamado, o hipotálamo perde parte de suas funções e permite que ocorra um desequilíbrio entre ingestão de alimentos e gasto de energia na forma de termogênese, Licio Velloso acrescenta que a exposição aos ácidos graxos saturados, quando prolongada, pode levar à morte de neurônios - processo chamado de apoptose. "A perda de neurônios com função central no controle do peso pode selar o destino do indivíduo, que passa a conviver com uma dificuldade cada vez maior de controlar sua fome".

A perda definitiva destes neurônios do hipotálamo, na opinião do professor da Unicamp, deve explicar por que pessoas obesas que se submetem a dietas rigorosas, ainda que consigam emagrecer nas primeiras semanas, voltam a engordar. "Hoje podemos afirmar que gorduras saturadas contribuem para o ganho de peso não apenas por seu valor calórico, mas também por causa de propriedades moleculares que esses nutrientes possuem. O efeito depende da carga genética de cada indivíduo. Nos experimentos, vimos que animais com predisposição à obesidade perdem mais neurônios".

Foco no TLR4

Para investigar os efeitos de dietas hiperlipídicas no hipotálamo, Marciane Milanski testou em animais de laboratório três tipos de gorduras comuns na mesa do brasileiro: um grupo de animais foi alimentado com ácidos graxos presentes no óleo de soja, outro com ácidos graxos de gorduras de origem animal, e um terceiro com gordura monoinsaturada do azeite de oliva. "Vimos que a dieta rica em gordura animal é a que mais influencia para o desequilíbrio entre o que uma pessoa come e o que ela gasta de energia".

A pesquisadora focou seu estudo no TLR4, um receptor do sistema imune inato que nos protege de infecções primárias ao provocar uma inflamação que sinaliza à célula sobre uma bactéria invasora a ser combatida. "A literatura mostra que ácidos graxos saturados ativam o TLR4 para desenvolver diabetes e obesidade, mas em tecidos periféricos. Fui investigar se este receptor estava presente também no sistema nervoso central, se era ativado e por qual tipo de gordura".

Marciane Milanski explica que o TLR4, quando ativado, produz citocinas que causam inflamação no hipotálamo, o que interfere com a sinalização dos hormônios responsáveis pelo controle da fome e do gasto energético. Ela acrescenta que qualquer perturbação nesta região delicada do cérebro pode fazer com que o indivíduo sinta uma fome intensa ou, ao contrário, nenhuma fome. "Concluímos que nos animais que receberam dieta saturada este prejuízo na sinalização foi praticamente irreversível".

Ação protetora do azeite de oliva

A autora da tese concluiu, também, que a gordura do azeite de oliva exerce uma ação protetora, depois de comparar animais assim alimentados com os de grupos que receberam uma dieta controle (com apenas 10% de gordura) e uma dieta rica em gordura animal. "Não registramos diferenças no ganho de peso ou na quantidade de alimento ingerido durante o período de dieta hiperlipídica. No entanto, quando voltamos à dieta normal, o grupo alimentado com gordura saturada continuou ganhando peso, enquanto o outro, que consumiu gordura de azeite, passou a perder peso, até mais do que o grupo controle".

Morte de neurônios

Juliana Moraes, por sua vez, baseou seu trabalho no conhecimento já existente sobre o papel inflamatório dos ácidos graxos e em um estudo anterior feito no Laboratório de Sinalização Celular. Este estudo mostrou que animais submetidos a dietas ricas em gordura saturada produziam várias citocinas pró-inflamatórias no sistema nervoso central, onde o número de neurônios era diminuído. "Pesquisei se ocorria o mesmo no hipotálamo, justamente o sítio que controla a fome e a termogênese".

A pesquisadora abre parênteses para explicar que a perda de neurônios pode estar associada a um processo denominado "morte celular programada", a apoptose, que é benéfica para o desenvolvimento do organismo. "Por exemplo: sem apoptose, os humanos teriam membranas entre os dedos. Mas, quando muito intensa, e ocorrendo em locais errados, ela passa a ser prejudicial, podendo gerar inclusive algumas doenças neurodegenerativas".

A autora da tese observou que os animais com dieta hiperlipídica apresentavam, de fato, processos de indução de morte celular, e especificamente de neurônios do hipotálamo, quadro não registrado em animais alimentados com ração normal. "Depois da ingestão por certo tempo de ácidos graxos saturados em excesso, ocorre a ativação do TLR4 de forma exacerbada, levando a uma sinalização que culmina em apoptose. Há uma inflamação altíssima, com a morte de neurônios-chaves no controle da fome. Como o neurônio tem pouquíssimas chances de se regenerar, sua função é perdida".

Entretanto, segundo Juliana Moraes, caso a exposição à alimentação hiperlipídica continue indefinidamente, o próprio TLR4 apresenta um mecanismo de autocontrole em que sua sinalização é atenuada. "O hipotálamo continua inflamado, gerando perturbações no equilíbrio do seu funcionamento, mas trata-se de uma inflamação protetora, já que a apoptose é diminuída e os neurônios deixam de morrer. De qualquer forma, muitos neurônios já foram perdidos".

Mecanismos que levam à obesidade

Na opinião do professor Licio Velloso, as pesquisas feitas por Marciane Milanski e Juliana Moraes elucidam aspectos importantes para a compreensão dos mecanismos que levam ao desenvolvimento da obesidade, contribuindo com futuras pesquisas que ajudem a conter a doença, já considerada um dos principais problemas de saúde pública no mundo. "Mais de 300 milhões de pessoas são obesas e este número deve aumentar substancialmente nas próximas décadas, de acordo com projeções da Organização Mundial de Saúde".

O professor adianta que o Laboratório de Sinalização Celular está recebendo novos alunos para seguir nesta linha de pesquisa. Uma possibilidade é identificar a carga genética que faz com que um indivíduo, ao ingerir uma dieta rica em ácidos graxos saturados, apresente maior chance de perder neurônios do hipotálamo e tornar-se obeso, enquanto um outro se mantém protegido deste risco, ainda que também abuse da gordura. "No futuro, um teste poderia apontar a predisposição à obesidade ainda na infância, sugerindo aos pais que mantenham a criança afastada de determinado tipo de alimento".

Velloso observa que uma das pesquisas realizadas sob sua orientação descreve, justamente, o papel dos ácidos graxos saturados para a obesidade. "A picanha não possui apenas um tipo de gordura, são várias misturadas, com 16 e 18 carbonos. E o estudo constatou que as gorduras saturadas de cadeia longa (com mais carbonos), muito presentes nas carnes bovina e suína, são as mais inflamatórias".

Outro objeto de pesquisa seria saber se o processo de morte de neurônios no hipotálamo, desencadeado pela ativação exacerbada do TLR4, é de alguma forma reversível. "Veja que, até pouco tempo, dizia-se que perder um neurônio era perdê-lo para sempre. Hoje, no entanto, já se fala em regeneração do neurônio, o que é algo complexo, mas possível. A terapia de células-tronco pode ser um caminho para reverter o desenvolvimento da obesidade".

GORDURA TRANS - RISCOS À SAÚDE

Gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"), isso faz com que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e o colesterol sejam pasteurizados, sendo que esta é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.

Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares.

Mc Donald's hoje sem gorduras trans

O cadeia de fast food Mc Donald´s retirou de seus produtos a nociva gordura trans. A mesma não é sintetizada no organismo humano, que também não a utiliza adequadamente. É sabido que as gorduras trans aumentam os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, contribuindo para a formação de placas e aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Porém, mesmo sem gordura trans os alimentos das lanchonetes não podem ser ingeridos indiscriminadamente uma vez que são hiper calóricos, aumentando o risco de obesidade. Veja as calorias de alguns produtos:

Alimentos e suas calorias:


Sanduíche Big Mac

504 calorias


Sanduíche Big Tasty

843 calorias


Sanduíche Cheddar McMelt

507 calorias


Sanduíche Crispy Chichen

524 calorias


Sanduíche McNífico

587 calorias


Mc Fritas grande

606 calorias


Mc Fritas média

288 calorias


Mc Nuggets 12 unidades

471 calorias


Casquinha de baunilha

196 calorias


Sorvete McColosso

331 calorias


Milk Shake chocolate 500ml

413 calorias


Sundae de chocolate

302 calorias


Top Sundae de chocolate

430 calorias


Torta de banana

228 calorias

gordura

Desde 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) obriga todos os fabricantes a indicar no rótulo a quantidade de gordura trans presente nos alimentos. Por outro lado, o Ministério da Saúde também tenta acabar com a utilização dessa gordura, seguindo o exemplo de países como Suíça e a Dinamarca, onde ela é proibida. A perseguição tem um bom motivo. Estudos científicos comprovaram que essa gordura é extremamente prejudicial à saúde: além de aumentar os níveis de colesterol ruim, o LDL, também diminui a taxa de colesterol bom, o HDL. E isso significa elevar o risco de arteriosclerose, infarto e acidente vascular cerebral.

A gordura trans é o nome dado à gordura vegetal que passa por um processo de hidrogenação natural ou industrial. "Algumas carnes e o leite já têm essa gordura, mas em pequena quantidade. O que preocupa mesmo são as gorduras usada pela indústria", explica Samantha Caesar de Andrade, nutricionista do Centro de Saúde Escola Geraldo Horácio de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da USP. A gordura vegetal hidrogenada faz parte do grupo das gorduras trans e é a mais encontrada em alimentos. Ela começou a ser usada em larga escala a partir dos anos 1950, como alternativa à gordura de origem animal, conhecida como gordura saturada. Acreditava-se que, por ser de origem vegetal, a gordura trans ofereceria menos riscos à saúde. Mas estudos posteriores descobriram que ela é ainda pior que a gordura saturada, que também aumenta o colesterol total, mas pelo menos não diminui os níveis de HDL no organismo. Em geral, as gorduras vegetais, como o azeite e os óleos, são bons para a saúde. Porém, quando passam pelo processo de hidrogenação ou são esquentadas, as moléculas são quebradas e a cadeia se rearranja. Essa nova gordura é que vai fazer todo o estrago nas artérias. Esse processo de hidrogenação serve para deixar a gordura mais sólida. E é ela que vai fazer com que os alimentos fiquem saborosos, crocantes e tenham maior durabilidade. O grande desafio atual da indústria é encontrar uma alternativa mais saudável à gordura trans, sem que os alimentos percam suas propriedades.

dieta do palhaço

A alimentação sempre foi um dos grandes temas da humanidade. Primeiramente pela necessidade de sobrevivência, quando tínhamos que garantir a subsistência de nossos grupamentos e organizávamos os processos e estratégias através dos quais conseguíamos nossos alimentos. Isso começou há muito tempo atrás, quando ainda não conseguíamos divisar com clareza as nossas diferenças com outras espécies que habitavam o planeta.

Para superar as eventuais dificuldades começamos praticando a coleta. A oferta não era sempre tão farta, muitas vezes o que era obtido não era suficiente para suprir a demanda do grupo. Evoluímos para uma dieta carnívora a partir do momento em que liberamos as mãos e produzimos as nossas primeiras ferramentas (de ossos, paus, pedras). Tanto na coleta quanto na caça (e na pesca) existia a clara necessidade de deslocamento (nomadismo), com os grupamentos humanos sendo obrigados a procurar manadas ou locais onde existisse uma oferta razoável de água e frutos.

O surgimento da agricultura, da criação de animais e posteriormente do comércio facilitou muito a vida da humanidade. As grandes civilizações erigiram mercados, construíram estradas, estabeleceram regras, definiram a cobrança de impostos e com medidas dessa natureza permitiram que suas comunidades tivessem acesso rápido e fácil aos alimentos. Bastava apenas ter dinheiro para pagar por essas mercadorias...

Daquele período para os dias de hoje muitas alterações surgiram e levaram a estruturação de possibilidades ainda maiores e melhores no que tange a obtenção de alimentos pelos seres humanos. O século XX foi o que maior contribuição trouxe para que a distância entre homens e alimentos diminuísse. Equipamentos como refrigeradores, fogões a gás, fornos de microondas, fornos elétricos e vários eletrodomésticos das mais variadas espécies ajudaram a agilizar os processos de cocção e transformação dos alimentos.

Além dos equipamentos criados pela tecnologia, a humanidade produziu técnicas de armazenamento, formas de conservação por períodos prolongados, alimentos instantâneos, suplementos vitamínicos e viu crescer enormemente a rede de restaurantes e demais estabelecimentos que atendem a demanda alimentícia humana nas grandes cidades.

Entre esses restaurantes, a partir da década de 1950, surgiu uma nova categoria denominada lanchonete fast-food. Desde o seu surgimento esse segmento multiplicou muitas vezes a sua presença e o seu lucro no planeta. As pessoas se afeiçoaram aos sistemas e processos que permitiam a esses estabelecimentos oferecer hambúrgueres, cachorro-quente, batatas fritas, frangos empanados, refrigerantes ou sundaes em poucos minutos.

Para se encontrar, nos dias de hoje, uma lanchonete como essas numa grande cidade de qualquer continente não é preciso muito esforço. Há várias filiais espalhadas pelo mundo. Entre as várias redes, a de maior presença e força é o McDonald’s. Não existiria nenhum problema quanto a esses estabelecimentos se pensássemos apenas no fator oferta de alimentos, pelo contrário, sua existência poderia até ser enaltecida. Entretanto, a qualidade dos alimentos oferecidos por lanchonetes de fast-food virou questão de saúde pública...

Para atestar essa circunstância, o cineasta Morgan Spurlock resolveu comprovar os problemas relacionados a uma dieta baseada no consumo constante de alimentos oferecidos por redes de lanchonetes fast-food. Para tanto, tornou-se cobaia de sua própria experiência e durante um mês se alimentou exclusivamente de produtos oferecidos pela maior rede mundial de lanchonetes fast-food, o McDonald’s. Os resultados? Confira assistindo o filme, um grandioso documentário, vencedor de vários prêmios. Obrigatório e imperdível!

GORDURA TRANS

As gorduras trans são um tipo especial de gordura, que, em vez de serem formadas por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans[1]. Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial.
Existem dois tipos de hidrogenação:
A biohidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal destes animais;
A hidrogenação industrial. Nesse processo são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais polinsaturados, um catalisador que geralmente é o Ni, sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido a orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.

A gordura trans não é sintetizada pelo organismo e, por isso, não deveria ser consumida nunca. Mas, como isso é quase impossível, o Ministério da Saúde determinou que é aceitável consumir até 2g da gordura por dia, o que equivale a quatro biscoitos recheados. Mesmo tendo isso em mente, um dos grandes problemas para o consumidor é conseguir perceber com clareza quanta gordura trans existe em cada alimento. "A Anvisa determinou que, quando uma porção do alimento possuir até 0,2% da gordura, o rótulo pode dizer que o produto não tem gordura trans, o que não é verdade", explica Samantha Andrade. Ou seja, se a embalagem traz os valores referentes à porção de dois biscoitos e esses contiverem 0,2g de gordura trans, o fabricante pode afirmar que o produto é livre dela. Mas, na verdade, se uma pessoa comer 20 biscoitos terá consumido os 2g da gordura. "Por isso, o melhor jeito do consumidor ter certeza do que está comprando é verificar a lista de ingredientes para checar se não existe gordura vegetal hidrogenada na composição do produto", ensina a nutricionista. Vale lembrar que os alimentos que mais contêm gordura trans são bolachas, pipocas de microondas, chocolates, sorvetes, salgadinhos e todos os alimentos que tem margarina na composição.

A dieta do palhaço.

Na trilha de Michael Moore, com documentários que fizeram sucesso (Tiros em Columbine e Fahrenheit 11 de setembro), está Morgan Spurlock, com Super Size Me: A Dieta do Palhaço. É certo que este documentário não deixa o público aberto para tirar as próprias conclusões, mas também, atualmente está difícil (não impossível) encontrar uma produção que o permita.

Em Super Size Me: A Dieta do Palhaço temos Morgan Spurlock, homem saudável, segundo os seus médicos. Até que um dia, ele que aos 33 anos mora com a namorada vegetariana, nos Estados Unidos, decide mudar drasticamente o seu cardápio. A mudança alimentícia é para pior, durante um mês ele toma café da manhã, almoça e janta fast-food, ou melhor, somente na rede mais conhecida de fast-food, o McDonald´s.

Ele usou o documentário como uma arma ideológica? De fato é algo um tanto que questionável, mas que dá o seu recado sem medo de represálias, isto é fato.

Spurlock comprova o quanto é prejudicial à saúde alimentar-se em fast-foods. Outro ponto levantado por ele é o problema da diabete, o segundo mal que mais mata os norte-americanas, sendo que o primeiro é o cigarro. Para ilustrar tudo isso ele usa imagens de pessoas obesas, em praias, nas ruas e em encontros que tentam conscientizá-los ao emagrecimento, os quais muitos ainda são adolescentes.

Durante os trinta dias, a cobaia passa por mais bocados e chega até a ficar viciado em fast-food. Seu fígado chega a ficar em estado crítico, ou seja, em decomposição, mas mesmo assim, Spurlock não desiste e chega ao trigésimo dia da experiência com um saldo gritante de açúcar no organismo, assim como

onze quilos a mais, hipertenso, triglicerídeos altos, crises de abstinência, tremores, dores de cabeça e até indisposição sexual.

Entre os alertas de Spurlock estão o sedentarismo e o aumento do colesterol. No entanto, um dos mais impressionantes é o impacto do McDonald´s sobre as crianças, seja na forma das publicidades, brindes e a instalação de áreas playground nas lojas. Com tantos alertas, Super Size Me: A Dieta do Palhaço, torna-se um documentário totalmente indicado para adolescentes, adultos e idosos.

O diferencial deste documentário é que a "cobaia" trata de todo o assunto sem perder o humor. Conclusão: com tom de brincadeira, o documentário foi tão indigesto para o McDonald´s que a saída da rede de fast-food foi alterar o seu cardápio com itens saudáveis como saladas e água de coco. Apesar de ideológico, este é um alerta mundial, ao todos, sem acepção de idade, credo ou raça.


GORDURA INSATURADA

O que é - Existente principalmente em vegetais, ela é líquida em temperatura ambiente. Há a monoinsaturada (com apenas uma ligação dupla de carbono) e a poliinsaturada (com mais de uma ligação dupla de carbono)

Onde é encontrada? - Azeite de oliva, óleo de canola e de milho, amêndoa, castanha-do-pará, abacate, semente de linhaça, truta e salmão

Consumo máximo por dia* - 44 gramas

Efeitos no corpo - Ajuda a reduzir o colesterol ruim, o triglicérides (tipo de gordura que, em níveis elevados, pode causar doenças coronarianas) e a pressão arterial

Ligação química - Faltam alguns átomos de hidrogênio em sua molécula e, por isso, ocorre uma ligação dupla entre os carbonos

GORDURA SATURADA

O que é - Um tipo de gordura encontrado principalmente em produtos de origem animal e que, em temperatura ambiente, apresenta-se em estado sólido

Onde é encontrada? - Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê

Consumo máximo por dia* - 20 gramas

Efeitos no corpo - Aumenta o colesterol ruim (LDL), que se deposita nas artérias, elevando o risco de problemas no coração

Ligação química - Cada átomo de carbono mantém uma ligação simples com outro carbono e está ligado a dois átomos de hidrogênio

GORDURA TRANS

O que é - Um tipo de gordura formada por um processo químico (hidrogenação), no qual óleos vegetais líquidos são transformados em ácido graxo trans, uma gordura sólida

Onde é encontrada? - Margarina, biscoitos, batatas fritas, sorvete e salgadinhos de pacote

Consumo máximo por dia* - 2 gramas

Efeitos no corpo - Não faz nada bem à saúde: aumenta o colesterol ruim e, ao mesmo tempo, reduz o bom

Ligação química - Similar à da gordura saturada, mas os átomos de hidrogênio estão dispostos transversalmente (na diagonal), e não em paralelo, como ocorre com os ácidos graxos encontrados na natureza. Daí vem o nome "trans"